A Day in the Life

Os gringos chamam de JetLag. Voce acorda as 2 da manha e nao consegue mais dormir, tem fome de madrugada, almoca por que precisa, e assim vai indo... Enfim, voce acorda, assustado, cansado, mas extremamente ligado. Nao ha possibilidade do sono voltar. Entao, voce se vira pra janela, ainda esta bem escuro, e sombras ficam passando na sua janela, sao roedores mais ou menos do tamanho de gatos os quais eu ainda nao consegui aprender o nome, por que os auzies falam bem enrolado...

Tudo bem, eles ate que sao bonitinhos. Umas 2 horas depois, la pelas 4 e pouco, a passarada comeca a cantar. Mas nao ha nenhum canto comum. Tem um que parece uma risada de velha, outro e igualzinho ao som de uma galinha cacarejando aceleradamente, outro parece um senhor assiviando, coisa de filme. Entao, voce desiste de rolar na cama, e vai tomar um banho, de 4 minutos, por que estamos 'in a drought', evitando o desperdicio.

Sai do banho, da de cara com um sul-matogrossense que parece um pernilongo, nao tem como nao rir, da bom dia pra criatura, e sobem, os dois, pra tomar cafe, depois de meia hora, pro infeliz se aprontar. Na mesa, Michael, nosso 'homestay' com seu ingles enroladissimo e dificil de entender, e Edison, que na verdade nao se chama Edison coisa nenhuma, sendo do Taiwan, e Emma, a esposa de Michael, super gentil, se preocupando com o que nos costumavamos comer no cafe da manha no Brasil.

Entao, nos despedimos dos da casa e vamos pegar o onibus, a tres quadras de distancia. Pegamos o 375, que como todos os outros e um onibus moderno, com janelas imensas e ar condicionado, e descemos no centro, em Alberta St., bem proximo a escola, depois de uns 15 minutos de viagem. As vezes, encontramos alguns amigos antes da aula, mas normalmente, entramos na sala sem ver nenhumdeles. A aula comeca as 8:15, com intervalo de 15 minutos as 9:30 e 1 hora de almoco as 10:45, e vai ate as 2:05. Entao, nos encontramos no 'ground floor', com Malon, uma menina muito gente boa da Suecia, Aylin, outra menina da Colombia, Michelle, da Coreia, e o mais engracado de todos, Alessandro, da Italia. A figura fala ingles com entonacao de italiano, nos divertimos muito com ele. Entao, vamos ao Jardim Botanico daqui, fazer tarefas e jogar tempo e conversa fora. La por umas 4:30, nos despedimos, e eu e o Heitor pegamos o 375 de novo pra casa. Bardon, o suburbio onde a gente mora, tem mais arvores e passaros do que casas e pessoas, sem duvida. E gostoso chegar em casa nestas condicoes. Porem, estamos mortos de cansados, por ter acordado as 2 da matina, e jantamos mais ou menos as 7 da noite e caimos na cama, mortos, sem dizer palavra.

Tem varias coisas que eu gostaria de contar, mas vou mandando updates conforme eu for postando por aqui, esse texto ja esta grande demais.

Um grande abraco, e Viva O Som, sempre.